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sábado, 3 de julho de 2010

SAMBA DO CRIOULO DOIDO

Matéria publicada no site www.oglobo.com.br deste sábado mostrou o quanto o cenário político atual tem arrancado os parafusos até das cabeças que vivem de pensar - e de contabilizar - as eleições brasileiras.
De acordo com o texto divulgado há uma diferença significativa entre os dados levantados por dois dos maiores institutos de pesquisas brasileiros. Ao analisarem as projeções de votos para presidente da república na região Sul do país o DataFolha anunciou que o candidato do PSDB José Serra aumentou seu percentual de 38%, em maio, para 50% em junho/julho, . É, mas o IBOPE não "concorda" com os números divulgados pelo concorrente. Segundo o IBOPE os levantamentos mostram uma liderança menos folgada do tucano que alcança 42% da preferência do eleitorado, contra 34% da ex ministra chefe da Casa Civil do governo Lula; e aponta queda e não crescimento do tucano no mesmo período.
Quando mostram os números referentes à região sudeste a discrepância é ainda maior. O Datafolha registra um crescimento das intenções de voto em Serra que, desse jeito, pularia para 43%, abrindo dez pontos percentuais de vantagem sobre Dilma, que chega "apenas" a 33%. Todavia, o IBOPE diz que na verdade há um empate técnico, com Dilma alcançando 37% contra 36% de Serra.
A região Nordeste é o calcanhar de Aquiles da campanha tucana. Lá, onde o presidente tem seu maior índice de aprovação 87% de avaliação ótimo e bom de seu mandato, sua preferida dá um banho abrindo até 17 pontos de dianteira, 47% contra 30%. E o pior é que no período mensurado desde a última avaliação em maio, Dilma cresceu 3% e Serra perdeu 3%. Outra informação preocupante para o comando de campanha do PSDB é que a região também apresenta o maior número de indecisos e grande parte do eleitorado ainda não reconhece Dilma Rousseff como a "herdeira" do presidente Lula. Se o nível de transferência de votos se mantiver a tendência é um aumento significativo da diferença em favor da petista. Pelo menos nessa região os institutos conseguiram se entender e tiveram números muito próximos em suas projeções.
Nas regiões Norte e Centro Oeste a situação é bastante equilibrada e considerando os percentuais de margem de erro há praticamente um empate técnico entre ambos.
Bem, se nem os institutos de pesquisa, com toda sua experiência e rodagem no trato com a política nacional tem conseguido se entender, imaginem como é que não fica a cabeça do pobre eleitor. É ou não é um legítimo samba do crioulo doido?

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